segunda-feira, 31 de maio de 2010

terça-feira, 18 de maio de 2010

Escuna caminante , passeio em Parati - Visita vários lugares exóticos e ilhas




Passeio divertido e calmo , a escuna Caminante navega dentro da baía de Parati . Vale o passeio , paradas para mergulho, praia e almoço.

Imagem de Escunas em Parati

Método Joseph Cornell - para educadores

O Flow learning é melhor descrito em 4 momentos:
• Acordar o entusiamo- criar uma atmosfera de entusiasmo , participação, envolvimento, minimizar problemas de disciplina, preparar para mais tarde para atividades mais sensitivas
• Atenção focada- receptividade, desenvolver habilidades de observação, aumentar a atenção em breves períodos (concentração , parar para escutar, atenção)
• Experiência direta- absorção dos assuntos, pessoas aprendem mais com os descobrimentos pessoais, gerar entendimento sobre , experienciação , intuição
• Dividir inspiração- idealismo, criar disposição, criar ligação grupal,

Para professores, monitores, pais, mães, educadores,
para todos que acreditam na vida .
Imagine a Praça , o Parque , A escola , um Curso , Uma Conferência e estas atividades no decorrer na história

sábado, 8 de maio de 2010

Texto de 2006

Meio ambiente uma perspectiva transdisciplinar

Como será o lazer ecológico das Áreas de Proteção Ambiental ?
Você alguma vez parou para pensar quais atividades são compatíveis com manutenção dos recursos naturais intactos?
Ou sobre a natureza e a infraestrutura atual de desenvolvimento?
Como compartilhar as áreas verdes públicas com as reservas naturais privadas ?
Por quê necessitamos de parques naturais?
Qual a funcionalidade de áreas protegidas?


O litoral é vasto em nosso país. Temos mais de 7600 km de extensão com uma variedade infinita geográfica, humana e de ecossistemas. A zona costeira é uma interação entre os meios terrestres, marinhos e atmosféricos. Neste universo de biodiversidade e particularidades naturais despontam aspectos a respeito das divisões políticas-administrativas, e, como espaço para o planejamento de ação política, estão os municípios. O segundo elemento está na condição de uso e ocupação do solo, o qual é um fator econômico qualificador dos lugares, dos ambientes e das paisagens.

Dentro de todos os interesses da sociedade estão o uso da terra. Vemos que há um crescente desenvolvimento turístico da área litorânea onde imensos hotéis, pousadas de médio e pequeno porte e infra-estrutura básica além de condomínios estão sendo construídos ao longo da faixa costeira seguindo os projetos selecionados Brasil em Ação – Plano Plurianual 1996/1999 com o Projeto Prodetur/Nordeste com a altos investimentos em milhões de reais .

Com muitos projetos de interesses regionais e nacionais, aumenta a demanda entre os ambientalistas, ecologistas, administradores e ativistas de entenderem quais processos são vantajosos ou não para a qualidade ambiental da região que por conseqüência atua diretamente em nossas vidas. Esta preocupação deve abranger todos os segmentos sociais possíveis desde salas de aulas em escolas públicas e particulares, seguindo para câmaras municipais, organizações não governamentais, governamentais até as ruas através da mídia e da imprensa.

O momento da verdade agora é que os setores públicos e privados definam regras claras do uso e ocupação do solo em todo o litoral fazendo jus ao que antes já existia, ou seja, os próprios ambientes naturais sem impactos ambientais, econômicos e sociais negativos.

Então, criar áreas protegidas é uma solução para integrar áreas desenvolvidas e áreas paisagísticas já modificadas com áreas naturais intocáveis ou algumas até com uso sustentável buscando desenvolver atividade de lazer ecológico ?

Sim é uma solução de minimizar as modificações aceleradas do desenvolvimento. Mas para ser aceita esta idéia é preciso que toda a população (empresários, estudantes, donas de casa, hoteleiros, políticos, ambientalistas etc...) entendam a necessidade de criar parques.

Alguns parques no mundo foram criados com intuito de evitar a extinção das espécies e garantir refúgios para fauna e flora específicas de cada contexto. Em algumas partes do planeta, os parques são tudo o que sobrou dos habitats naturais esmagados em meio ao crescimento industrial, pastagens ou agricultura.

No caso das APAS – Áreas de Proteção Ambiental vemos uma disputa constante por espaços. A solução é saber onde serão áreas de refúgios silvestres sejam públicas ou privadas e onde poderemos elevar construções hoteleiras e condominiais junto aos bairros satélites de serviços e comércio. Mas para isto precisamos: seguir legislações, estarmos aberto ao diálogo, praticar a educação ambiental, compartilhar diferenças, gerenciar conflitos e permitir políticas públicas eficazes.

Quando falamos em “ uso sustentável” pensamos em muitos aspectos como manter a fauna e flora intocáveis ou bem manejadas para assegurar recursos futuros aos próprios seres humanos mas as florestas tropicais, as restingas , os recifes de corais os rios límpidos e translúcidos estão com dias contados ou não podem esperar por
“ dias tranquilos” , portanto não podemos nos iludir com a idéia de turismo sustentável é uma atividade sem percalços com os ambientes que servirão de solo para seu crescimento.

Por isso as áreas naturais que estiverem comprovadamente ameaçadas e seus impactos ameaçando o desenvolvimento local deverão ser prioridade para conservação através de área protegidas ou parques ecológicos sejam eles de uso direto permitindo a ação humana respeitando a fragilidade do ecossistema, ou de uso indireto , os quais deverão servir de base para fundamentar a pesquisa científica além de preservar crucialmente os recursos hídricos, florestais e faunísticos sem impactos humanos ou impactos reduzidos a capacidade suporte do ambiente.

Como estamos falando de uma zona costeira aberta ao desenvolvimento turístico, as áreas verdes protegidas, servirão de áreas de amortecimento , áreas de contato com a paisagem . Servirão de corredores ecológicos para circulação dos descendentes de animais e vegetais, além de manter o microclima da região e os fragmentos de ecossistemas ameaçados de extinção.

Os parques manejados estarão abertos para visitas e para apreciar algo novo, promovendo um turismo mais informativo, educativo , um lazer pedagógico para os especialistas. Visitar um parque, suas trilhas, seus centros de visitação com painéis sobre a região é uma experiência qualificada, diferente um pouco de apenas ir a praia tomar sol e caipirinha. Conhecer as características ambientais da sua cidade é um passeio cultural que ajuda na formação de opinião, faz os moradores sejam ricos ou pobres ou classe média terem acesso as informações que muitas vezes estariam engavetadas em Instituições públicas ou salas de pesquisas.

Já a criação de áreas verdes respeita seu direito de ir e vir , fazendo que o setor privado respeite as áreas públicas e as áreas públicas forneçam lazer adequado aos contribuintes. Não esquecendo que além das áreas verdes, a criação de parques naturais ou também chamados de áreas protegidas tem uma função científica, afinal conhecer todas as interações entre fauna, flora, ambiente não é nada fácil. E também porque da forma menos egoísta de pensar, tem partes de ecossistemas que são obrigatoriamente necessários se manterem naturais. Quem sabe naquela floresta ou uma lagoa no meio das dunas não esteja uma nascente importante para seu empreendimento sobreviver.

O ser humano precisa acordar para a realidade, para entender mais sobre as modificações que a espécie faz sobre o ambiente, e saber concluir ou extrair benefícios ao invés de destruição.

Não podemos nos satisfazer apenas com nossas empresas e escolas sejam as fontes de educação e cultura, finanças ou saber , podemos fortalecer nossas demandas regionais e nacionais também com os parques , um fundamental instrumento de conciliação entre o desenvolvimento local com a formação da cidadania . Sabemos que somos uma espécie exigente e que queremos qualidade ambiental onde vivemos. Isto é pensar num futuro conjunto.

Cordialmente,

Carla Sabiá
bióloga