sábado, 23 de janeiro de 2010

Viagens de Mínimo Impacto

ASSUNTO : Visitar sem deixar vestígios



Viagem Responsável é um sinônimo mais apropriado para o ecoturismo nos dias de hoje , onde o visitante vem a se comportar de forma a minimizar os impactos no ecossistema ou num sítio histórico visitado. Seja qual for a atividade em campo , em Parques Nacionais , Reservas Particulares ou em Área de Proteção Ambiental como no caso a região do Litoral Norte da Bahia , o que vale é deixar algum legado ambiental para as futuras gerações .

Veja abaixo de que forma você pode fazer sua parte mesmo quando está de férias ! Lembre-se que todo morador antes do exigir uma postura ambiental correta do turista , deve agir correto também.


 Respeite a fragilidade do Planeta Terra , pois o que vamos mostrar para as futuras gerações?
 Deixe apenas pegadas , tire apenas fotografias !
 Siga as orientações dos guias especializados
 Antes de viajar , informe-se sobre a geografia, costumes, culturas da região visitada
 Respeite a privacidade e dignidade de outros visitantes e da comunidade local
 Não compre produtos feitos com animais ou plantas em extinção
 Sempre siga trilhas demarcadas , assim evita perturbar a fauna local , plantas e moradias
 Aprenda sobre programas ou organizações orientados a ajudar a conservação da natureza
 Ande ou utilize transportes ecologicamente corretos.
 Ajude a patrocinar projetos que ajudem a natureza , que tenham fortes princípios de conservação ambiental
 Preserve a cultura local , praticando respeito pela dignidade e privacidade dos moradores locais
 Inspire nativos a respeitar a conservar cada vez mais seus costumes locais
 Estimule a compra por produtos locais , sem que estes sejam de espécies em extinção.
 Valorize o artesanato local e produtos feito por cooperativas e grupos associados em prol de objetivos sociais e ambientais.
 Aproveite a aprenda mais sobre a interação da fauna e flora local nos ecossistemas visitados .
 Contribua para desenvolvimento sustentável e expansão de oportunidades sociais e educacionais aos moradores locais
 Torne-se um conhecedor da problemática ambiental mundial , e de possíveis soluções para que haja preservação no Planeta.


 Sempre observe espécies e ninhos a distância
 Não toque em ovos nidificados
 Não toque em ovos perdidos de aves em caso de ambiente florestal , em caso de estar em meio a trilhas coloque-os no meio de vegetação , oriente-se com seu guia ou guarda florestal
 Só capture uma ave para salvá-la em zona de perigo ( estradas, ruas, atropelados)
 Denuncie quando ver aves engaioladas e comercializadas às Instituições de sua cidade
 Não ligue aparelhos de som em volume alto para não perturbar o silêncio
 Sempre é bom andar em grupos pequenos e evitar falar alto















 Evite perturbar mamíferos com fotografias em curta distância , procure usar lentes de aproximação
 Não se aproxime de fêmeas com filhotes
 Denuncie qualquer ato que demonstre tráfico de animais silvestres
 Utilize binóculos para aproximar a visão do animal observado para evitar comportamentos de agressividade e possível acidente






Observação de golfinhos , baleias e leões marinhos

 Evite persegui-los com a embarcação
 Ao observá-los em época de reprodução desligue o motor , quando animais aparecerem próximos a embarcação
 Mantenha sua embarcação a 100 m de distância de baleias em reprodução
 Denuncie embarcações aos Projetos Conservacionistas e Capitania dos portos que não cumpram a lei
 Evite poluir o mar , utilize embarcações para observar animais com motor de quatro tempos
 Pratique observação de animais marinhos somente acompanhado por pesquisadores






 Não é adequado subir ou escalar monumentos históricos
 Não leve nenhuma pedrinha de lembrança de ruínas antigas
 Visite com um guia que auxilie nas explanações sobre a História do Brasil
 Evite fotografar com flash e tocar para evitar impactos nas pinturas antigas em cômodos fechados
 Siga os regulamentos do Parque Histórico .









 Mergulhe cuidadosamente em ambiente frágeis como recifes de corais
 Mantenha distância para evitar que seu corpo , nadadeiras e equipamentos evitem tocar na vida sensível dos recifes
 Mantenha boa flutuabilidade para evitar pisotear nos recifes
 Considere seu impacto na vida aquática através de suas interações
 Evite caminhar sobre os recifes de algas e corais
 Entenda e respeite a vida aquática . Leia respeito

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Concepção Político Pedagógica - Extraído da Internet , achei que todos pudessem ler

. Concepção Político-pedagógica
O desafio de construir uma sociedade brasileira educada e educando ambientalmente para a sustentabilidade envolve a promoção de mudanças percolem o cotidiano de todos os indivíduos e instituições. Nesse sentido, a concepção pedagógica da educação ambiental objetiva a articulação das ações educativas voltadas às atividades de proteção, recuperação e melhoria socioambiental, potencializando o papel da educação para as necessárias e inadiáveis mudanças culturais e sociais de transição societária em direção à sustentabilidade.
Este programa consiste na potencialização de processos de formação de educadoras e educadores ambientais, por intermédio do estabelecimento de articulações entre instituições que atuam com atividades socioambientais de caráter pedagógico. Consiste também na harmonização de interesses entre as instituições ofertantes e demandantes de processos formativos em educação ambiental que contribuam na criação de sociedades sustentáveis.
Um processo de educação ambiental visa formar educadoras(es) ambientais e não simples e pré-escritas pessoas ambientalmente educadas. O objetivo não é adequar o comportamento das(os) educandas(os) a um padrão pré-existente, definido externamente como sendo ambiental ou politicamente correto. O conteúdo das mudanças de procedimento, atitude, comportamento, opção política, escolhas enquanto consumidor, enquanto produtor, as modificações tecnológicas, deve ser definido com ou a partir das(os) educandas(os), imersos em seu contexto cultural, político, ambiental. A relação educador(a)-educanda(o) é um encontro de saberes, um diálogo democrático sobre a realidade vivida, não há saberes mais importantes, não há hierarquia de conhecimentos. Esta concepção libertária de educação emana de Paulo Freire, da Educação Popular, das práticas educacionais dos movimentos sociais e de outros educadores e teóricos sociais e do ambientalismo, seu fundamento político é a democracia radical que reconhece que cada ser humano detém o direito à participação, à definição de seu futuro e à construção da sua realidade. O desafio para esta educação passa pela emancipação de dominados e dominadores, explorados e exploradores.
São esses os complexos diálogos que a educação ambiental brasileira promove e se envolve, tecendo laços entre as relações entre humanos e natureza e nas relações sociais, para a criação de processos autônomos que visem a construção de uma conscientiz(ação) individual e coletiva em favor da sustentabilidade das sociedades, onde desenvolvimento é uma decorrência. Os princípios que balizam as atividades de educação ambiental visando a criação de sociedades sustentáveis ensejam a sensibilização afetiva e a compreensão cognitiva da complexidade ambiental, estimulando um saber ambiental e fortalecendo a potência de ação nos diversificados atores e grupos sociais que trabalham na perspectiva da criação de um futuro sustentável.
Os conceitos e princípios que nos são mais preciosos e que fundam esta perspectiva de Educação Ambiental são: Autonomia, Complexidade, Democracia, Identidade, Inclusão Social, Justiça Ambiental, Participação, Pertencimento, Diversidade, Sustentabilidade, Emancipação, Potência de Ação/ Empoderamento.
E que implicam em alguns princípios metodológicos para a formação de educadores(as) ambientais:Pedagogia da Práxis, Intervenção educacional, Pesquisa-Ação-Participante, Inter e transdisciplinaridade, Intervenção Educacional, Hermenêutica, Vanguarda que se autoanula, Comunidade de Aprendizagem, Laboratório Conceitual, Comunidade Interpretativa, Laboratório Social, Cardápio de Conteúdos.
De modo inequívoco o processo se destina a todos os brasileiros e brasileiras; a maior parte destes será buscada pelas mídias de largo alcance com o ousado intento de promover uma ampla requalificação do senso comum sobre Educação Ambiental, vista numa perspectiva explicativa das Ciências Naturais, ou como uma perspectiva punitiva e prescritiva e aproximá-la do cotidiano das pessoas, dos coletivos, da necessidade de transformar as relações sociais e os mecanismos degradadores de ocupação do socioambiente.
Em determinados recortes geográficos ou setoriais a DEA/MMA se propõe a subsidiar processos mais artesanais e contextualizados de formação de Educadores(as) Ambientais. Neste caso encontraremos aproximações mais ou menos territorializadas. Num extremo encontramos espaços com marcante identidade territorial, cultural, ambiental e em outro extremo encontramos contextos que raramente percebem seu espaço e se percebem nele. Em exemplos como municípios ou Biomas, quando encontramos um claro recorte espacial e uma baixa identidade cultural/ambiental/territorial é objetivo da Educação Ambiental promover esta identidade, este pertencimento, este processo de apropriação do próprio espaço/território social e ambiental.

3.1. Qual é a compreensão de educador ambiental?
As(os) Educadoras(es) Ambientais desempenham um papel de liderança na medida em que, inconformados com a realidade tal qual se apresenta e por acreditarem e visualizarem alternativas, deflagram processos, com uma preocupação pedagógica nos encontros humanos e dos humanos com a natureza, “com” outros e não “para” outros, que os demais talvez não percebam ou, simplesmente, não acreditem que possam ser implementados de modo a efetivamente contribuir para transformar as condições estabelecidas. Este papel de liderança nesse protagonismo deve ser entendido como momentâneo, passageiro. A concepção de vanguarda que se auto-anula, sugerida por Boaventura de Sousa Santos, não significa que este(a) educador(a) ambiental desaparece do cenário mas tão somente que deseja e busca a perda da própria centralidade, inegável no início do processo mas que deve propiciar a emergência de novas lideranças. O futuro desejado é um contexto no qual os diversos processos transformadores da realidade socioambiental encontram diferentes lideranças, a cada momento.
3.2. DETALHAMENTO DOS FUNDAMENTOS DA FORMAÇÃO DE EDUCADORAS(ES) AMBIENTAIS DA DEA/MMA
A enunciação destes fundamentos, de forma didática, tem por objetivo facilitar o diálogo da proposta fundadora da política de formação de educadoras(es) ambientais da DEA/MMA com propostas em andamento ou que aportam ao programa da DEA/MMA. Como muito bem interpretou Isabel Carvalho, a formação das(os) educadoras(es) ambientais brasileiras(os) percorreu inúmeras e diversas trajetórias, teve por porta de entrada diferentes origens profissionais, de militância política, estudantil, ambientalista. Após as quatro primeiras décadas (60, 70, 80, 90) de consistente e ampla formação de educadoras(es) ambientais começa, a partir, principalmente do final da década de 90, propostas que tentam resumir as trajetórias da formação e as práticas da educação ambiental em currículos formais, dentro das Universidades ou em ONGs e outras instituições que criaram cursos programados de formação. Estas experiências podem e devem dialogar com a proposta ora apresentada, para tanto devem observar os fundamentos acima como orientação para uma inserção autônoma e personificada no conjunto de princípios norteadores (suleadores...) da DEA/MMA. Aspectos como seleção de participantes, rol de disciplinas, modalidades educacionais, eixos pedagógicos, metodologias poderão encontrar, neste breve conjunto de idéias, uma base para este diálogo.
3.2.1. Educação de educadoras(es):
Um processo de educação ambiental visa formar educadoras(es) ambientais e não simples e pré-escritas pessoas ambientalmente educadas. O objetivo não é adequar o comportamento das(os) educandas(os) a um padrão pré-existente, definido externamente como sendo ambiental ou politicamente correto. O conteúdo das mudanças de procedimento, atitude, comportamento, opção política, escolhas enquanto consumidor, enquanto produtor, as modificações tecnológicas, deve ser definido com ou a partir das(os) educandas(os), imersos em seu contexto cultural, político, ambiental. A relação educador(a)-educanda(o) é um encontro de saberes, um diálogo democrático sobre a realidade vivida, não há saberes mais importantes, não há hierarquia de conhecimentos. Esta concepção libertária de educação emana de Paulo Freire, da Educação Popular, das práticas educacionais dos Movimentos Sociais e de outros educadores e teóricos sociais e do ambientalismo, seu fundamento político é a Democracia Radical que reconhece que cada ser humano detém o direito à participação, à definição do futuro e à construção da sua realidade e o desafio para esta educação passa pela emancipação de dominados e dominadores, explorados e exploradores.
3.2.2. Liderança democrática ou Vanguarda que se auto-anula:
As(os) Educadoras(es) Ambientais desempenham um papel de liderança na medida em que intecionalmente deflagram processos reflexivos, na medida em que estão inconformadas(os) com a realidade tal qual se apresenta, na medida em que estão vendo aspectos e alternativas que os demais talvez não estejam percebendo ou talvez simplesmente não acreditem que possam fazer frente ao que está estabelecido. Este papel de liderança deve ser entendido dentro do marco da democracia radical, dentro da perspectiva de que todas(os) têm direito e devem participar da definição do futuro. A concepção de vanguarda que se auto-anula, sugerida por Boaventura de Sousa Santos, não significa que esta(e) educador(a) ambiental desaparece do cenário mas tão somente que deseja e busca a perda da própria centralidade, inegável no início do processo mas que deve propiciar a emergência de novas lideranças. O futuro desejado é um contexto no qual os diversos processos transformadores da realidade socioambiental encontram diferentes lideranças, a cada momento.
3.2.3. Intervenção educacional crítica e emancipatória:
Atendendo aos dois fundamentos anteriores o processo de formação de educadoras (es) ambientais não consiste no acúmulo de conhecimentos, o eixo da aprendizagem não é uma “grade curricular” repleta de saberes mas principalmente um processo de potencialização dos indivíduos e grupos para realização de intervenções socioambientais reflexivas, educacionais, críticas e emancipatórias. Deve desenvolver um diálogo interpretativo a partir das distintas leituras da realidade vivenciada, da enunciação do futuro desejado e da formulação das distintas propostas, projetos, ações, estudos para enfrentar problemáticas (dentro do marco da complexidade) e para buscar o futuro desejado.
3.2.4. Formação de coletivos de Pesquisa-Ação-Participante (ou Pessoas que Aprendem Participando):
As(os) educadoras(es) ambientais devem encontrar no coletivo seu espaço de ação, de vida política ( vita activa em Arendt), de reflexão. A formação de coletivos é um fundamento da proposta por entendermos que toda(o) educador(a) ambiental, vive intensamente a condição humana (segundo Arendt) de “inter homines esse”, ou seja, de estar entre humanos. Um(a) educador(a) entre educadoras(es). O foco nos coletivos locais deve-se ao seu reconhecimento como sujeitos protagonistas do contexto e de seu conhecimento profundo da realidade, dos valores que a permeiam e das práticas sociais correntes. Estes coletivos se qualificam por várias caracterísiticas interdependentes, são um grupo de encontro (tem prazer em estar junto), um grupo de reflexão e um grupo de ação. Teoricamente encontramos qualificação na pesquisa-ação (Kurt Lewin, Thiollent, Barbier), na pesquisa participante (Brandão), na idéia de Laboratório Social (Lewin), na Comunidade Interpretativa (Boaventura e Habermas). Em resumo são grupos que se tornam coletivos identitários, pesquisadores, críticos e ativos no seu contexto social. A qualidade do diálogo dentro deste coletivo tem por referencial a situação linguística ideal de Habermas, na qual os preconceitos se desinstrumentalizam, na qual impera o desejo da emancipação individual e coletiva, na qual todos se expressam buscando superar os impedimentos objetivos e subjetivos à comunicação livre. A estes coletivos temos denominado grupos PAP (Pesquisa-Ação Participante). Os PAP1 e 2 são formados por representantes de instituições que se colocam o desafio de atuarem na formação de pessoas educadoras que se constituam como PAP3 e se coloquem a missão de formar grupos de pessoas educadoras aglutinadas nos grupos PAP4 e assim por diante.
3.2.5. Articulação de coletivos de Pesquisa-ação:
Os coletivos PAP encontram limites para sua ação, para o acesso a informações, para a intervenção em políticas públicas. Estes limites só são superáveis pela articulação destes coletivos na perspectiva de rede, ou seja, PAP2,3,4 se conectam de múltiplas formas. Prevemos um espaço/momento chamado Observatório da Formação de educadoras(es) Ambientais no qual estes diversos coletivos articulam conhecimentos, experiências, metodologias para se avaliarem, para sistematizarem informações, para formularem propostas políticas, para incrementarem o rol de possibilidades de troca entre os coletivos. Esta articulação que entendemos como Observatório em Rede (de coletivos) ou como Rede de Observatórios se torna a interlocutora das políticas públicas nos diferentes níveis de poder.
3.2.6. Auto-gestão e continuidade do processo educativo:
O cardápio de opções formativas é a base para a continuidade e a auto-gestão do processo educativo. O cardápio é uma lista que pode ser acessada pelos coletivos, ou mesmo individualmente, pelas(os) educadoras(es) ambientais. O exercício com a gestão do próprio processo formativo através do cardápio deve se iniciar a partir da formação dos PAP. Cada curso, cada processo formativo deve ter um currículo centrado na Práxis, os conteúdos devem ser acessados, optados conforme a práxis do coletivo exige. O rol de disciplinas de uma instituição de ensino deve fazer parte do cardápio de conteúdos, o coletivo educando pode, entretanto, optar por nenhuma delas caso perceba mais pertinente outras formas de apoio à sua ação-reflexão. O processo de atuação do PAP deve permitir a elaboração de um plano de educação continuada.
3.2.7. Multiplicidade de espaços e vias educadoras:
O senso comum nos faz pensar no encontro presencial de sala de aula como o único momento da educação. Na perspectiva desta proposta a educação faz parte da vida e como tal deve estar planejada para diferentes espaços e vias. É desejável que a educação seja tanto presencial quanto à distância e difusa. O cardápio deve ser disponibilizado por diferentes vias, como oficinas, cursos presenciais, textos, programas radiofônicos, de TV... É, ou pode ser, educadora não só a sala de aula mas também um viveiro, uma trilha interpretativa ecológica rural ou urbana, uma mostra fotográfica, uma faixa de pedestres, um Centro de Educação Ambiental. Esta multiplicidade é condição para a continuidade e auto-gestão do processo formativo que não seria possível se só contemplássemos a educação no encontro presencial, em sala de aula, entre educador(a) e educanda(o).
3.2.8. Diálogo com experiências sociais disponíveis de enfrentamento da problemática socioambiental:
A Educação Ambiental tem por principal riqueza ser um campo aberto, em permanente construção, assim sendo a educação ambiental sempre se alimentou, a partir do debate ambientalista, de diversos campos do conhecimento, da sociologia à ecologia, da psicologia à economia, da pedagogia à ciência política, à antropologia. Esta certa antropofagia da educação ambiental tem fortalecido suas práticas, suas reflexões. No entender da Proposta Política em questão a Educação Ambiental deve efetivamente incorporar este diálogo no âmbito das práticas sociais. Boaventura de Sousa Santos acusa a modernidade de ter restringido o presente (só podemos nos adequar se formos ou fizermos um rol muito restrito de opções de ser, fazer, consumir, produzir) e alargado o futuro (como se a grandiosidade deste prescindisse de uma enunciação particular). À Educação Ambiental cumpre fazer aquilo que Boaventura denomina de “Sociologia das Ausências” e que pode ser entendido como o reconhecimento, o entendimento e a valorização de todo o conjunto de experiências sociais disponíveis. Tudo aquilo que estiver sendo feito, a agroecologia, os grupos ambientalistas, os grupos de jovens, de mulheres, as receitas alternativas, as plantas medicinais, os grupos de auto-construção, os mutirões; aquilo que parecia anacrônico, arcaico, como cozinhar com lenha, plantar feijão e milho casado, o Cosme e Damião. Tantas experiências que devem ser alimento para as práticas da educação ambiental, tantos sujeitos que devem ser entendidos como sujeitos da educação ambiental. A educação ambiental em qualquer contexto não pode negar sua essência dialógica e desvelar práticas prescritivas, a(o) educador(a) ambiental deve ser um(a) facilitador (a) mediador(a) do alargamento do presente através da sociologia das ausências que ao invés de sugerir a forma certa de ser e estar no mundo lerá na realidade o conjunto de opções que permite a construção do futuro desejado. Exige mapeamento das mesmas e conseguinte dignóstico participativo.O mapeamento é uma etapa que busca uma leitura mais descritiva dos processos e menos valorativa, o diagnóstico, numa segunda etapa consiste no julgamento ético (certo ou errado), político (bom ou ruim) e estético (bonito ou feio) para cada pessoa e grupo social. Este diagnóstico deve estar acompanhado de um processo de reflexão e interpretação do que se define como problema e do que se define como desejável.
3.2.9. Arquitetura da Capilaridade:
Todas(os) as(os) brasileiras(os) têm o direito de participar da definição do futuro do país. Cada pedaço deve se configurar de acordo com os desejos e as ações de 100% de seus integrantes. Este fundamento da proposta também é uma decorrência do princípio da participação ampla e irrestrita da democracia radical. A idéia da participação de todas(os) não significa harmonia, ausênica de conflito ou divergência de interesses mas que há por objetivo o equilíbrio dos poderes que conferem hoje, a uma minoria o direito de configurar todo um estado, bioma, município ou país. A arquitetura da capilaridade é pensada em cada contexto, tem por objetivo ter educadoras(es) ambientais atuando em toda a sua diversidade, cada cidadã ou cidadão pdoerá estar em contato com um(a) educador(a) ambiental, qualquer cidadã ou cidadão pode participar de um coletivo de reflexão sobre a sua realidade, seja no âmbito do trabalho, do bairro, da comunidade. Para que isso ocorra a arquitetura da capilaridade se inicia no PAP2, que contém as pessoas das instituições formadoras, o interlocutor a priori do PAP2 é o PAP3, grupos de educandas(os) compostos por pessoas com grande capacidade de comunicação e de capilaridade, são lideranças comunitárias, técnicos de ONGs, Agentes de Saúde, Sindicalistas, Agentes de Pastorais. As(os) educadoras(es) dos grupos PAP3 mediarão e animarão os processos formativos dos grupos PAP4, compostos por pessoas que deverão congregar tal diversidade que permita o envolvimento de toda a população do contexto através das intervenções das(os) educadoras(es) dos grupos PAP4. O planejamento da arquitetura começa com a selação dos indivíduos que comporão os grupos PAP3, é um momento chave e deve buscar a diversidade possível. O mapeamento das experiências sociais disponíveis permite que se perceba a existência de grupos de ação reflexão no contexto, que já vêm enfrentando a problemática, estes grupos já são possíveis PAP4, suas lideranças e técnicos das entidades que os vêm apoiando são possíveis componentes de grupos PAP3. A composição PAP2,3,4 é decorrência da leitura do mapeamento. Exige um processo seletivo cuidadoso dos PAP3, principalmente. A composição do PAP2 começa com a articulação com as instituições regionais mais conhecidas e se aprofunda no próprio processo de mapeamento que estas instituições co-realizam como parte de seu processo pedagógico. Em etapas posteriores entende-se que Educadores Ambientais Populares do PAP4 passam a atuar como Formadores de Educadores Ambientais Populares (PAP3), que Formadores de Educadores Ambientais ( PAP3) passam a atuar como Educadores Ambientais formadores de formadores junto às instituições que participam do PAP2.
A formulação da arquitetura da capilaridade requer um mapeamento da realidade que entenda os sujeitos coletivos e individuais atuantes, a distribuição espacial dos mesmos no território e na população em função da sua segmentação (urbano-rural, étnica, socioeconômica, etária, de gênero, etc...). Cabe destacar que o planejamento da arquitetura da capilaridade é condição para a definição da estratégia de seleção de educandos para cada processo.
3.2.10. Democratização e acessibilidade a informações e aos foros de participação:
As informações, os cardápios de conteúdos, os foros de participação criados não devem ser privatizados, são espaços e conhecimentos públicos. Deve haver, por parte das(os) educadoras(es) ambientais, dos coletivos, a busca por socializar práticas, debates e conhecimentos. Esta busca se efetiva na elaboração de peças de comunicação de massa, no planejamento de processos educacionais que abarquem todo o contexto, na disponibilização dos dados e informações em bases de dados públicas como o SIBEA. A democratização exigirá dos educandos e educadores processos de tradução (saber popular para saber técnico e vice-versa) e de transposição da mídia (de vídeo para texto, de áudio comum para MP3, de artigo científico para cartilha, de oficina presencial para vídeo, etc...). A disponibilização de informações em diferentes meios, diferentes mídias visa a sua acessibilidade amplamente democrática, desde o educando que atua dentro da Universidade ao ribeirinho que acessa menos meios eletrônicos.

The Elmwood Institute - Capra - Complexidade

THE ELMWOOD INSTITUTE


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Recognizing that the traditional separation of professionals
and educators into disconnected fields of specialization has
led to destructive social and environmental policies, Fritjof
Capra (The Tao of Physics, The Turning Point) and a core of
leading thinkers and activists founded the Elmwood Institute in
l984. The Institute has functioned primarily as an ecological
think tank, applying systems thinking to the understanding and
solution of current social, economic, and environmental
problems. The Institute publishes a journal, the Elmwood
Quarterly, and has sponsored ground-breaking international
conferences and invitational symposia resulting in publications
and special reports.

The Center for Ecoliteracy
is promoted in two main areas, business and education.

The programs of the Center for Ecoliteracy are based
on the premise that ignorance of the principles of ecology, of
the "language of nature," is one of the root causes of the
economic and social crises of our time--including the crises in
business and in our schools--and that we will continue to create
these crises until we become ecologically literate.

Bingo!

As defined by the Institute, ecological literacy consists of
systems thinking, knowledge of the principles of ecology, and
the practice of ecological values.

The functions of Elmwood's Center for Ecoliteracy include:

Research and Program Development
Ecoliteracy Pilot Schools
Network--The Alliance for Ecoliteracy
Resource Center and Clearinghouse
Professional Development
Materials Development
Eco-Action Projects
Ecomanagement

Ecoliteracy

A New Context for Educational Reform

The Center for Ecoliteracy responds to the nationwide
educational crisis with an interdisciplinary effort by
ecologists and educators to collaborate in the design,
implementation, evaluation and dissemination of an ecological
model for school restructuring. Fundamental to this strategy's
success is the participation of all stakeholders--teachers,
administrators, parents, students, business and community
members. Pilot demonstration projects and a network of
participating schools, The Alliance for Ecoliteracy, will
demonstrate the effectiveness of a model for school
restructuring that provides a functional awareness of
ecological principles, experiences which relate these

For more information write, call or fax:

The Elmwood Institute
2522 San Pablo Avenue
Berkeley, CA 94702
Phone: (510)845-4595
Fax: (510) 845-1439.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Mapa do ser sustentável para 2010 - pensamento sistêmico

Mapa do ser sustentável

O ser sustentável é o caminho inicial para uma grande busca sobre a preservação da vida na terra. O ser sustentável seria o ser humano interligado com todo o espaço e ciente de q ue suas decisões sociais, políticas, econômicas, culturais e ambientais teriam conseqüências. O ser sustentável é o verdadeiro parceiro do meio ambiente . É a parceria mais intrínseca que se pode existir na face da terra.

O ser sustentável cria elos para preservação. É um ser atento com as possíveis relações humanas . É um ser atento com sua própria ecologia interna.

A cabeça, as mãos e o coração fazem o conjunto do ser sustentável funcionar. São acionados a cognição , afeição e a coordenação motora para ser um integral.

O ser sustentável faz da relação custo/benefício , diminuir os custos energéticos , econômicos , das relações humanas diminuírem , aumentando a prosperidade dos benefícios.

Quais benefícios são encontrados em um ser que se preocupa em toda a complexidade intrincada da humanidade , com a sustentabilidade?

Basicamente o reaproveitamento dos ciclos como um todo. O ser sustentável é consciente do ciclo que envolve todas as etapas de planejamento e execução e se preocupa com o refugos, em diminuí-los e aproveitarem para criarem novos ciclos.

O ciclo virtuoso é o que preconiza uma atitude positiva diante dos desafios provenientes da vida na terra . E a velha história “ conhece e respeita “ . Não quer dizer que o ser sustentável deva deixar de gerar tecnologias, mas não as usaria para fins de destruição e sim de construção do saber . Tecnologias que se mesclem com a tradição , o respeito pelas tecnologias tradicionais que há milhares de anos são utilizadas por povos integrados com ecossistemas.

A visão sistêmica é o grande motivo para o “ser “ ser chamado de sustentável . Onde ao conhecer como funciona a sociedade e ecossistemas paralelos, se encontre fórmulas , equações e catalisações para se conviver com mais harmonia. É um comportamento em parte altruístico, pois se preocupa em não deixar dívidas para as futuras gerações. Podemos estar em centros urbanos com muitas árvores, mas não podemos estar devastando parques para colocar grandes edifícios.

A análise do ser sustentável perante ao sistema terra é mais crítico, mas pensativo , mais lógico , onde entende que entre os ciclos, existe uma interconexão.

Por isso defende que os parceiros são necessários para conectar formas e significados novos para busca de conhecimento que leva ao esclarecimento e norteia a criação de convívio harmônico.

Não significa que a evolução esteja longe em um sistema que visualize integração de fatores , pelo contrário a idéia é evoluir como ser para entender evoluídos sistemas naturais que a própria ciência em muitos casos ainda não descobriu , e os que descobriu possa interagir minimizando os resultados negativos e buscando maior interação positiva como uso de energias alternativas, reciclagem de resíduos.

Há muitos anos que as ações ambientalistas eram tratadas como alternativas, e possivelmente ainda sejam até que a grande parte tome consciência que pudesse ser primordial e não alternativa. Com estágio que se encontra o caos urbano e as inter relações globais , nada mais propício que o diálogo entre as partes dos parceiros para buscar o que seja bom para todos e para a natureza. Por enquanto o que vem a ser um ser sustentável é o contato consciente com fatores naturais , entendendo-os , e compreendendo-os para uma vida saudável.

Preguiça e Cansaço

Não simule a preguiça do cansaço
Não simule o sinistro
Não simule a verdade
A verdade simulada e compreendida
Aprendida que a verdade não tem cansaço
E o cansaço é de verdade
A preguiça não vence o cansaço
E o cansaço não intervem na preguiça da verdade
Verdade não é cansaço
Cansaço de falar verdade
Verdade de ser preguiça e cansaço
Verdade compreendida e entendida
No meio da preguiça e do cansaço

Preto e Branco Pintura original

Planejamento e Informação

A parte mais instigante é o ciclo da informação. Até que a ponto a informação da sua origem até o final não é deturpada e causa conflitos no convívio humano. Até que ponto a informação é um dado preciso e de qualidade. Até que ponto pessoas estarão aptas a estudar a veracidade da informação. Tem tempo para tanta informação? O que se faz com tanta informação. Cada decodificação leva até que ponto de interesse e intenção de quem a decodifica? Existe uma tendência para informação. Cada grupo de interesse eleva a informação à altura que se quer. O quanto se manipula de informação. Como entender que qualquer palavra ou ação seja transformada em informação? É muito fácil estar do lado observador. O quanto os observadores decodificam? Onde estão os verdadeiros sentidos e significados das ações e atitudes humanas ou de qualquer movimento que se faça?
As informações geram dados que criam indicadores que estipulam critérios que criam instrumentos de avaliação, índices. Dos critérios faz-se avaliação de dados quantificando-os e qualificando-os. Questiona-se se o indicador expressa algo relevante. È interessante medi-la até que ponto podemos resolver questões e rever os objetivos. Em toda resposta ou seja resultado há uma pressão para alcançá-la a depender dos critérios dos indicadores e das metas pré-estabelecidas .

Qual papel do diálogo entre os tomadores de decisão?
Equilibrar a veracidade, equilibrar a valoração dos objetivos propostos. Não sobrecarregam indicadores. Prestar atenção nas respostas. Avaliar grau de aceitabilidade. E atender a todos os questionamentos.